quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Urgência

É muito bonito sair do casulo e aprender a voar. Asas espaçadas, ares novos e cava vez mais vastos. Ser aprendiz simplesmente de tudo que me foi dado, feliz por tudo que me tornei e estou me tornando. Não me arrependo dos fios mal tecidos, dos textos mal escritos, dos amores mal amados. Tudo é parte da construção, ou reconstrução do ser que baila infinitamente. Céu azul e muitas folhas que caem das árvores, demonstrando leveza no toque, sutil chegada ao chão. Aprendi sim com elas e com o amanhecer: renovação, alma limpa, água no rosto, re-vida. Quedas e subidas. Todo dia. Porque é preciso, é urgente, é do que mais somos compostos já dizia Clarice, por urgências. Urgência por amor, por perdão, por plenitude espiritual e equilíbrio emocional. Doce vida que sorri pra quem está triste, mas que precisa ser desvendada a cada pedra interrompida, a cada passo atrapalhado. Vida bela que parece uma piada, mas que passa feito rio, com suas águas turvas e incessantes, não param. Invejemos os rios, as folhas, o amanhecer, as borboletas que aprendem a voar. Sejamos como eles: cheios de vida e incansáveis.


Mais uma dose de vida pra hoje.                         




Para ouvir!

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