A natureza, amiga da liberdade, abriu-me os olhos para o que de fato fosse meu, mesmo que temporariamente - sem ilusões de finais felizes. Nada de propriedades, obsessões e insanidade travestida de amor. E apesar de adotar essa forma de encarar as situações, não costumo ser hipócrita a ponto de negar falhas comuns de um ser humano. Ainda desejo só pra mim, cometo exigências banais e sou egoísta, sim. Mas existe uma razão que vem até minha porta, toca na campainha e não vai embora.
Passei a acreditar mais em "amor livre" e agarrei isso com unhas e dentes. Talvez porque as melhores coisas que me aconteceram, foram dentro da ciranda da liberdade. Só liguei quando quis, só fui procurada quando a falta se pronunciou; só amei quando tive espaço, só fui amada quando dei folga a sorte. Uma coisa mais crua, mais independente, mais genuína. Com a minha presença, dei o direito de querer; se esteve ao meu lado, foi porque sentiu. Minha importância só na base da conquista, nada de solicitações esmolentas e rápidas - quem sabe numa hora de carência, servissem. Admiração só por mérito e sem marketing pessoal, por favor. Abaixo os enaltecimentos precoces!
Talvez porque o mundo conquistou a liberdade de expressão, mas não a de sentimentos. Talvez porque eu queira mais originalidade no sentir.
Decido por fim, prosseguir em paz, passando por cima de dúvidas corriqueiras e adorando uma liberdade infinita. Cheia de borboletas que possuem querer, voando num céu que não tem volta.
Perco-me com minhas asas incessantes.
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