Dar um tempo do calor, das badalações e multidões. Porque todo mundo necessita de um tempo para si - curto ou longo - que faça do exterior apenas um complemento e o 'in' quase uma completude. Nada que se procure pelo mundo à fora será encontrado, se não houver o choque, o bater de frente com o nosso tão conhecido-estranho Eu. Este é o famoso "se correr o bicho pega e se ficar o bicho come", então para que correr contra? Vejo muitas pessoas fugindo de si mesmas, tendo medo da própria companhia e mistificando a solidão como o fio para pular do abismo. Dar um tempo para si, é dar um tempo do mundo que nos cerca, das satisfações encharcadas de falsos consolos, e dos pseudo-felizes entre uma multidão de almas tristes. Um tempo dedicado e exclusivo a nós mesmos revitaliza e reacende o que temos de mais importante, nossa alma. Sem reconhecê-la, jamais nos sentiremos seguros, auto-confiantes e saciados com o que somos em par com o que fazemos. Porque somente essa viagem interior, essa greve de agitos é capaz de fazer pensar para dentro, e esquecer um pouco de fora. Isto é dedicar-se. Isto é amar-se.
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