Sempre há um alvo a ser atirado com perfeição, depois de tantos erros, incansáveis fragmentos de vida. Não me reciclo sem antes me consultar, me pesar além da massa corporal, na balança do que me faz bem. Acabo jogando tanta porcaria fora que me sinto leve feito uma pena. Meio que uma faxina sentimental, emocional, espiritual. A tristeza nunca foi de perdurar, acho que não sou um bom lugar para sua pousada. Vejo a vida tão depressa e bela que o realce que tenho sempre tentado dar a ela, não é nada doce para os sentimentos negativos. O sorriso a tiracolo me carrega pelas escuridões e claridades que se fazem à minha frente, mas que nunca me fazem desistir dos lábios vermelhos e ousados.
Quando se para de dar importância ao desprezível, o que o próprio tempo ensina (aprende quem quer), as coisas boas batem à porta, e a espera de milagres lapidam-se em ações, práticas reais e menos cruéis do que a espera. Felicidade nunca foi utopia. Talvez sua sede interminável seja nada menos que uma barreira posta diante dos olhos quebradiços, pois ela está na ponta do nariz, na ponta da língua, no aqui e no agora. Acho que simplesmente cansei de fazer minha vida um divã de analista em busca de respostas ilógicas, quando na verdade o que eu mais aspirava estava tão próximo, absurdamente próximo.
É tudo tão espetacular aos olhos da alma e não exito. Prefiro ser poetisa da alma e não me contento com o que o mundo me oferece. Tudo acontece aqui dentro.
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