Eu queria que algo agitasse. No meu cubículo chamado coração, na minha mente chamada mundo. Para que esquente, proteja, cuide de mim. Ando precisando de muitos afetos que estão perdidos pelo ar, afogados pelo tempo afora. Necessito que alguém abra minha cápsula e mexa e decifre e descubra. Para que eu saia e só volte em instantes eternos, quem sabe. O absurdo monótono não pode adentrar quem já não se move por dentro; quem ensaia gestos e espera palavras. Minhas noites tem se acordado sem me deixarem dormir, e o dia me adormece por horas transbordadas. Leio e assisto, mas daquilo que preciso, os versos melancólicos do poema, nem a luz da televisão me trazem. O calor não convida o frio que está aqui em pleno verão, a retirar-se pra nunca mais. Tudo continua absurdamente parado como um relógio público, Pessoa que o diga... Por isso vou fazer poesia com o nada que me para. E tentar mexer o tudo que me move.
(...)
(...)
Versos de uma essência envolvente e criativa. Ah, "Por isso vou fazer poesia com o nada que me para. E tentar mexer o tudo que me move." - meu trecho preferido, inspirador. Fica com Deus,amiga linda! Escreva, cante seus versos e encante-nos com sua poesia de menina mulher. Como você mesma diz, beijos de poesia. Te amo!
ResponderExcluir"Minhas noites tem se acordado sem me deixarem dormir, e o dia me adormece por horas transbordadas". Fiquei vagando nessa frase. Acho que o mais bonito na escrita é a sensibilidade em tocar as pessoas. E essa frase toca, abraça e abrange de todas as formas. Texto belíssimo!
ResponderExcluirDescobrir a o seu blog foi motivo de graça para o meu domingo. Tudo aqui me atinge em cheio e eu não resisto à nada que me faça ser capaz de sentir. Lindos textos, todos os que eu li.
ResponderExcluirBeijos, Deyse.